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23 / dez / 2019
ICA amplia produção de conhecimento científico em 2019 com novos cursos de mestrado

Mais de 200 projetos de pesquisas estão em desenvolvimento desde 2019 no ICA

O Instituto de Ciências Agrárias (ICA) se destaca como campus regional da UFMG fora da capital mineira, com produção científica que consegue dar foco às demandas regionais do Norte de Minas. Neste ano letivo, estão em andamento 278 projetos de pesquisa em distintas áreas de atuação, sendo que 93 destes foram registrados neste ano no Núcleo de Assessoramento à Pesquisa (Napq) da unidade acadêmica.

Parte importante destes projetos é desenvolvida nos programas de Pós-graduação do ICA. Neste ano, foram iniciadas as turmas de dois novos cursos de Mestrado: em Ciências Florestais e em Alimentos e Saúde. Os novos programas expandiram a produção científica do ICA, que já tinha cursos de graduação consolidados nestas áreas de conhecimento, com os cursos de Engenharia Florestal e de Engenharia de Alimentos.

Atualmente, são cinco cursos de mestrado, um de doutorado e dois de especialização. Só no mestrado e doutorado, estão matriculados 143 estudantes. E foram defendidas neste ano 42 dissertações de mestrado e duas teses de doutorado.

Divulgação científica

Além das publicações científicas, a produção científica realizada no campus ganhou  repercussão para outros públicos, fora do ambiente acadêmico. Entre as publicações, teve destaque carta na Revista Science que apontou a relação entre as políticas ambientais adotadas na gestão do presidente Jair Bolsonaro e os incêndios na região amazônica. A carta, publicada em outubro, foi assinada em conjunto por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Federal de Viçosa (UFV).

Assinam a carta o residente de pós-doutorado do Instituto de Geociências, Daniel Arruda e Rúbia Fonseca, professora do Instituto de Ciências Agrárias, ambos da UFMG, e Hugo G. Candido, do Departamento de Solos e Nutrição de Plantas da UFV.

Pesquisa realizada pelo ICA em parceria com a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) foi publicada no Boletim UFMG em maio. Baseado no comportamento das abelhas, a pesquisa propõe um algoritmo que estima volume de madeira em inventários florestais

O algoritmo foi desenvolvido como pesquisa de mestrado. Foto: Amanda Lelis/UFMG

A pesquisa foi desenvolvida como dissertação de mestrado no Programa de Pós-graduação em Modelagem Computacional e Sistemas da Unimontes por Eugênio Monteiro, que é analista de Tecnologia da Informação e coordenador do setor no. E foi orientada pelos professores Renato Dourado, da Unimontes e da UFMG, e Cristian Cabacinha, da UFMG. Os resultados foram publicados na revista científica Computers and Electronics in Agriculture.

Também houve representação do ICA nos destaques de pesquisa da Semana do Conhecimento. Dois projetos estiveram entre os contemplados como destaque na XXVIII Semana de Iniciação Científica. O estudante Ítalo Magno Matos de Freitas recebeu a premiação pelo projeto “Bioprocesso inovador para redução de lactose no leite e produção de prebióticos”, que realiza sob a orientação do professor Junio Cota Silva. E o estudante Gabriel Correa Souza recebeu a premiação pela apresentação do projeto “Estoques de Carbono, nitrogênio do solo e contribuição isotópica de uma cronossequência de mudança de uso da terra no cerrado”, realizado com a orientação da professora Leidivan Almeida Frazão.

O estudante Gabriel Correa recebeu a premiação como destaque na Semana de Iniciação Científica. Foto: Amanda Lelis/UFMG

Veredas da Ciência

A rádio UFMG Educativa Montes Claros continuou em atividade no ano de 2019 com a divulgação do programa “Veredas da Ciência: pesquisas e projetos do Norte de Minas”. Neste ano, foram publicadas 48 entrevistas com pesquisadores e pesquisadoras do ICA, entre professores e estudantes da pós-graduação e também da graduação.

Entre as pesquisas divulgadas no programa, esteve o trabalho desenvolvido por Rízia Rodrigues no Doutorado em Produção Vegetal. A pesquisa analisou espécies das plantas conhecidas como Chapéu-de-couro e atestou seu potencial medicinal.

Outra pesquisa divulgada no programa foi o trabalho em parceria entre os professores Cláudia Regina e Fernando Colen. O estudo culminou na produção de um biocarvão ativado a partir dos resíduos do restaurante universitário do campus. De acordo com os pesquisadores, o biocarvão pode ser utilizado na indústria farmacêutica, alimentícia, entre outras. A pesquisa teve seus resultados apresentados no Simpósio de Engenharia de Alimentos realizado em agosto no ICA.

Com os olhos para o município, o ICA também desenvolve pesquisas com envolvimento e impacto local. Um destes projetos é coordenado pelo professor Helder dos Anjos Augusto e visa contribuir para o poder público com dados que subsidiem políticas para a agricultura urbana. De acordo com o pesquisador, os resultados prévios do estudo demonstram que a prática auxilia na composição de novas ruralidades no ambiente urbano.

Outro trabalho com apelo regional são as pesquisas que investigam a sustentabilidade ecológica da Bacia Verde Grande com o avanço das mudanças climáticas. O professor Edson de Oliveira Vieira concedeu entrevista para a rádio e relatou que o intenso uso de recursos hídricos para grandes projetos de agricultura irrigada traz preocupações para a continuidade da Bacia.

Essas e outras entrevistas podem ser ouvidas na íntegra na página do “Programa Veredas da Ciência: pesquisas e projetos do Norte de Minas”, no site do ICA.