No último ano, o Instituto de Ciências Agrárias realizou cerca de 280 ações de extensão envolvendo o público interno e externo da unidade acadêmica

O Sítio de Saluzinho é um Programa de Extensão, oportunidade para que crianças da rede pública conheçam os saberes tradicionais da agricultura da região. Foto: Amanda Lelis/UFMG

As atividades de extensão movimentaram o Instituto de Ciências Agrárias (ICA) em 2018. No último ano letivo, foram realizadas – no campus da UFMG em Montes Claros  – 279 ações de extensão, entre eventos, cursos e outras atividades com vínculo com projetos ou programas institucionais. As ações, ao todo, tiveram alcance ao público de 317.537 pessoas.

Os números são das atividades registradas no Sistema de Informação da Extensão (Siex) da Pró-reitoria de Extensão da UFMG, sistema de cadastro e gerenciamento de dados da Universidade.

Entre as ações realizadas no último ano, estiveram as atividades do “Pro-ICA: Programa de Inclusão, Convívio e Acolhimento”, vinculado ao Núcleo de Acessibilidade e Inclusão da UFMG. Entre as atividades, foram realizadas oficinas com alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Foram quatro oficinas de temas diversos, como a de produção de mudas, de pintura com tintas produzidas com elementos naturais como a terra, e de produção de biscoitos.

As oficinas foram planejadas com foco no desenvolvimento psicomotor. Foto: Amanda Lelis

De acordo com Mariuze Oliveira, que é técnico-administrativa no ICA e uma das organizadoras das oficinas, um dos objetivos é acolher e possibilitar o convívio de pessoas com necessidades especiais e apresentar o campus do ICA e as oportunidades da Universidade, além de promover ações que estimulam o desenvolvimento psicomotor dos jovens.

Um programa de extensão iniciado neste ano foi o Núcleo de Empreendedorismo Universitário do ICA. Um dos resultados positivos já alcançados foi a premiação de alunos em evento de empreendedorismo. Uma startup criada por estudantes da graduação do ICA e participantes do Núcleo venceu uma competição de empreendedorismo, encerrada em evento realizado em dezembro, em Montes Claros. A Organo Cycle ficou em primeiro lugar, entre as seis equipes participantes. Além desta startup formada por alunos da UFMG, também foi até a etapa final a Lip Start, composta por estudantes de diferentes cursos do campus.

Outra novidade no ano letivo foi o início do “ComunICA Cursinho Comunitário do ICA – UFMG”, projeto de extensão no ICA que visa preparar candidatos de baixa renda para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) gratuitamente. O projeto continua em 2019 e já estão abertas as inscrições para a turma deste ano, serão 100 vagas, as inscrições vão até 6 de fevereiro.

Outro programa de extensão do ICA, o Sítio de Saluzinho, recebeu visitas importantes em 2018. Os filhos do líder camponês, símbolo da luta pelo direito à terra no Norte de Minas, que dá nome ao programa, estiveram no campus para conhecer a iniciativa e foram homenageados pela equipe.

O programa alia pesquisa, ensino e extensão no campus da Universidade e é um espaço para o compartilhamento de saberes entre diferentes gerações, que reúne crianças de escolas públicas, jovens da universidade e adultos em torno de um mote: agricultura, alimentação e conhecimento tradicional.

Em junho, Manoel Gomes Ferreira e Daniel Gomes Ferreira visitaram o espaço para conhecer o projeto que homenageia Salustiano Gomes Ferreira, conhecido como Saluzinho, pai dos dois camponeses.

Manoel e Daniel visitaram o sítio e conheceram os trabalhos que homenageiam o pai. Foto: Amanda Lelis/UFMG

A iniciativa é realizado em uma área de 2 hectares dentro do campus, na qual agricultores urbanos, professores, alunos e técnicos da UFMG trabalham juntos, ministrando oficinas para estudantes do Ensino Fundamental da Rede Pública de Ensino. Desde 2013, o Sítio já recebeu 6.000 estudantes de Montes Claros, o que representa 25% das crianças matriculadas na rede pública de ensino do município.