Grupo apresentou clássicos da black music e músicas autorais

O Trem do Black tem como proposta valorização da música e cultura negras
Foto: Ana Cláudia Mendes I UFMG

A comunidade acadêmica do campus Montes Claros se reuniu após o almoço para apreciar a apresentação do Trem do Black. A banda que surgiu em agosto do ano passado e tem conquistado cada vez mais espaço no cenário musical regional trouxe ao público clássicos da black music e também composições autorais. “O projeto da nossa banda é valorizar música negra, a cultura da negritude a partir das nossas músicas autorais e também pelo regionalismo norte-mineiro, que é muito muito forte musicalmente falando”, comentou Marcelo vocalista da banda.
O show faz parte das ações do Intervalo Cultural do ICA, um projeto que integra o Circuito Cultural promovido pela Procult (Pró-reitoria de Cultura da UFMG). “O Trem do Black tem uma influência afro-brasileira e afro-americana. A apresentação do grupo vem nos lembrar que em novembro, nós começamos o Novembro Negro da UFMG, que faz parte das políticas de afirmação e permanência da Universidade. Unimos estes fatores para trazer para dentro da universidade esta diversidade cultural”, explicou o professor Sidney Pereira, coordenador do Intervalo Cultural do ICA.

Professor Sidney Pereira, coordenador do Intervalo Cultural do ICA
Foto: Ana Cláudia Mendes I UFMG

Acadêmicos, professores e servidores técnico-administrativos assistiram à apresentação no Gramado Central com muita animação. O grupo trouxe um repertório diversificado com músicas nacionais e internacionais, além de composições próprias. “Foi muito importante para nós, do Trem do Black, estarmos aqui no Intervalo Cultural. Principalmente pela inclusão da banda fora do meio noturno. Nós conseguimos trazer o nosso som, que tem um viés político e social muito forte em um espaço onde as pessoas podem apreciar as letras, as mensagens que queremos transmitir pelas músicas”, afirmou Marcelo.

A comunidade acadêmica se reuniu no gramado central para assistir à apresentação
Foto: Ana Cláudia Mendes I UFMG

Sobre o Trem do Black

O grupo surgiu em 2022 e vem conquistando espaço no cenário musical regional
Foto: Ingrid Stéfany I UFMG

Inspirado no “Soul Train”, programa de música negra estadunidense de grande sucesso e no significado cultural de “Trem” para a cultura mineira geral, o Trem do Black trilha nas ondas sonoras da música negras em suas diferentes frequências. A banda “Trem do Black” surgiu em meados de 2022 na cidade de Montes Claros com a proposta artística de fazer “Black Music” norte- mineira, considerando que esse ritmo pouco circula neste território.
Mas as raízes daqui são também negras como as de lá. E é nesse encontro que esse projeto musical pretende colocar a música negra: no centro, ou como diz o geógrafo Milton Santos, “o centro do mundo está em todo lugar”.
O grupo reúne Funk music, o Soul, o Rythm & Blues e toda influência afroamericana impressa no Soul brazuca, com misturas de Samba, do Rap, da Embolada, e dos batuques afrobrasileiros presentes nos Catôpes, nos terreiros de Candomblé e Umbanda e nos Blocos de Carnaval.

(Ana Cláudia Mendes I Cedecom UFMG Montes Claros)