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08 / dez / 2023
Seminário “Semiárido: agricultura familiar, águas e políticas públicas” reúne organizações da sociedade civil no campus Montes Claros

Encontro realizado nesta sexta-feira, 8 de dezembro, apresentou resultados de trabalhos realizados pela ASA-Minas e Núcleo de Pesquisa e Apoio à Agricultura Familiar da UFMG

O encontro reuniu pesquisadores, representantes de organizações da sociedade civil e estudantes
Foto: Ana Cláudia Mendes I Cedecom Montes Claros

Representantes de organizações da sociedade civil sediadas no Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha se reuniram nesta sexta-feira, 8 de dezembro, no campus da UFMG em Montes Claros para o seminário “Semiárido: agricultura familiar, águas e políticas públicas”. O evento teve como objetivo apresentar a história e as proposições da Articulação do Semiárido – Minas Gerais (ASA-Minas), e resultados de pesquisas sobre o Semiárido de Minas Gerais, executadas pelo Núcleo de Pesquisa e Apoio à Agricultura Familiar / UFMG (NPPJ/UFMG) e Mestrado Associado UFMG/Unimontes, e apoiadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPq. “Este evento é uma oportunidade para estabelecermos um diálogo entre duas instituições que atuam na mesma área, mas com métodos diferentes. A ASA tem uma ação mais operacional, em campo. E as instituições de ensino e pesquisa lidam com o setor sob uma outra perspectiva. Hoje, nós vamos promover o diálogo entre estas duas frentes”, afirmou o coordenador do NPPJ, professor Eduardo Ribeiro.

O coordenador do NPPJ/UFMG, professor Eduardo Ribeiro, destacou a importância do diálogo entre instituições de pesquisa e organizações da sociedade civil
Foto: Ana Cláudia Mendes I Cedecom Montes Claros

Participaram da abertura, o diretor do Instituto de Ciências Agrárias, professor Hélder dos Anjos Augusto; Aline Souza, representante do Centro de Agricultura Alternativa (CAA) do Norte de Minas e coordenadora da ASA-Minas; o vice-coordenador do mestrado associado UFMG/Unimontes, professor Gustavo Dias; professor Eduardo Aires, do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG) e o engenheiro agrônomo Erick Simão, do NPPJ. Em sua fala, o diretor do ICA falou sobre a importância do evento. “Em relação à temática discutida neste evento, este é um momento de oportunizar o compartilhamento de experiências e desafios. É importante promover um ambiente de convergência no compromisso social e econômico. Por isso é relevante a união das universidades e as organizações aqui presentes”, destacou.

“Este é um momento de oportunizar o compartilhamento de experiências e desafios”, afirma o diretor do ICA
Foto: Ana Cláudia Mendes I Cedecom Montes Claros

Resultados de projetos para o semiárido
Em um segundo momento, o membro da Comissão Executiva da Asa-Minas, Valmir Macedo, apresentou a organização aos participantes. A ASA-Minas é uma rede conecta pessoas organizadas em entidades que atuam em todo o Semiárido defendendo os direitos dos povos e comunidades da região. As entidades que integram a ASA estão organizadas em fóruns e redes nos 10 estados que compõem o semiárido brasileiro.

“A pesquisa é importante para nos mostrar as potenciais transformações geradas, os fatores limitantes”, Valmir Macedo, representante da ASA-Minas
Foto: Ana Cláudia Mendes I Cedecom Montes Claros

Macedo também apresentou resultados de trabalhos desenvolvidos pela ASA-Minas como: Um Milhão de Cisternas; Uma Terra, Duas Águas; Cisternas nas Escolas; Projeto Sementes. E também destacou a importância das pesquisas para auxiliar o trabalho da organização. “A ASA vem construindo um processo em relação à pesquisa. Temos parcerias com a FIOCRUZ e com universidades, mas sabemos que temos que avançar mais em relação a isso. A pesquisa é importante para nos mostrar as potenciais transformações geradas, os fatores limitantes, os aspectos que deveriam ser aprimorados para a gente avançar. Por isso, é importante estreitarmos esta relação, construir os processos juntos. Lado a lado, nós temos muito potencial”, enfatizou o representante da ASA-Minas.
Em seguida, foram apresentados os resultados dos trabalhos de pesquisa realizados durante a “grande seca”, entre 2011 e 2019, e que se transformaram em pesquisas do mestrado associado UFMG/Unimontes em Sociedade, Ambiente e Território. Participaram deste momento os professores do ICA Eduardo Ribeiro e Flávia Galizoni e o professor do Instituto Federal do Norte de Minas, Vico Mendes.

A professora Flávia Galizoni falou sobre algumas das pesquisas desenvolvidas no ICA em relação ao semiárido
Foto: Ana Cláudia Mendes I Cedecom Montes Claros

“São muitas pesquisas realizadas, apresentamos quatro delas. ‘A demografia do semiárido’ que mostra como o cenário mudou muito nos últimos anos e tem gente que ainda pensa com a cabeça do século XIX. ‘A gestão da água’, um tema tão escasso, mas que tem instituições no Brasil desenvolvendo trabalhos na área que podem ser inspiradores para a sociedade. Uma outra pesquisa diz respeito à saúde dos rios do semiárido, que são fundamentais para o abastecimento das comunidades. E, por último, fizemos uma reflexão sobre ‘As tecnologias sociais’ desenvolvidas, o quanto ela tem alcançado, as dificuldades, o que ela representa”, explicou a coordenadora do NPPJ, professora Flávia Galizoni.

(Ana Cláudia Mendes I Cedecom UFMG Montes Claros)