Evento será realizado na próxima terça-feira, dia 29, no auditório do bloco C
Em sua quinta edição, o Novembro Negro da UFMG reúne uma série de atividades relacionadas ao resgate do passado, as histórias vividas, a ancestralidade, todas as forças que dão sustentação nessa caminhada e impulsionam para a construção do Futuro, que já se apresenta agora. A programação se estende até o dia 05 de dezembro com atividades em todas as unidades da universidade. No Instituto de Ciências Agrárias (ICA) da UFMG, serão realizadas uma palestra e uma roda de conversa na próxima terça-feira, dia 29. A jornalista e doutora em Literatura, Andreia Pereira, irá abordar o tema “Consciência Negra Importa: da compreensão à resistência” . Em seguida, haverá a roda de conversa com a comunidade acadêmica. O evento será no auditório do bloco C, com emissão de certificado.
Andreia Pereira
Andreia Pereira da Silva, 36 anos, é preta, descendente quilombola, periférica, doutora, palestrante, servidora pública federal e professora universitária. Ela é graduada em Letras Português pela Unimontes e em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Funorte.
Ela concluiu em 2019 seu doutorado pela Universidade Federal de Brasília (UnB), onde desenvolveu a tese intitulada “Memória, testemunho e resistência em Xanana Gusmão: uma leitura da história do Timor-Leste a partir dos poemas de Mar Meu”. Andreia também é mestra em Estudos Literários pela Unimontes.
Com 15 anos de atuação no jornalismo e na docência, Andreia possui uma vasta experiência. Entre suas atuações, a profissional foi servidora da Prefeitura de Montes Claros, no cargo de jornalista. Como docente, já lecionou em Montes Claros no Colégio Foco e no Indyu. E em Brasília (DF), trabalhou no Colégio Marista.
No campo acadêmico, Andreia atua na Funorte há mais de 10 anos como professora e como jornalista efetiva no Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG). Além disso, ela é a idealizadora e responsável pela coluna Perspectiva Racial do Jornal Hoje em Dia, onde apresenta reflexões sobre o racismo no Brasil e a importância de combater o racismo estrutural por meio de atitudes e posicionamentos antirracistas.
A palestrante já ganhou três prêmios estaduais, sendo eles: Comunicador do Futuro, promovido pelo governo de Minas; BDMG de Jornalismo, promovido pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, e Educação não é mercadoria, concurso de redação realizado pelo Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar de Minas Gerais (SAAE). E recentemente foi uma das finalistas de um concurso internacional de jornalismo com a sua coluna Perspectiva Racial.
Sobre o Novembro Negro da UFMG
Com o tema “Permanecer para avançar: o que vem já está aqui”, O Novembro Negro da UFMG é movido pela necessidade de revigorar e reafirmar a importância da manutenção e ampliação de Políticas de Ações Afirmativas. De acordo com a diretora de Ações Afirmativas da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis da UFMG, Daniely dos Reis Fleury, o evento é uma “agenda unificada”, que foi ganhando corpo ao longo dos anos e é construída por vários segmentos da Universidade. Neste ano, explica ela, além de promover atividades de resgate e valorização da ancestralidade, a iniciativa “vislumbra um futuro afirmativo”.
(Ana Cláudia Mendes/UFMG)