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11 / dez / 2019
UFMG oferece oficina de paisagismo e jardinagem ao programa Jardim para Borboletas

A iniciativa envolve pessoas em situação de rua e reeducandos do sistema prisional

A professora Elka durante a prática da oficina. Foto: Amanda Lelis/UFMG

Na última terça-feira, dia 10 de dezembro, foi realizada a primeira oficina de jardinagem e paisagismo no Instituto de Ciências Agrárias da UFMG no programa “Jardim para as Borboletas”, da Prefeitura de Montes Claros, executado em parceria com o Ministério Público Estadual.

A iniciativa instala jardins pelo município com esculturas artísticas confeccionadas pelo artista plástico montesclarence Gu Ferreira, com o auxílio de reeducandos do sistema prisional. De acordo com Rivas Vieira de Queiroz, psicólogo do programa, a parceria com a UFMG propõe agregar valor às oficinas oferecidas aos participantes. “Oferecemos oficinas com temas diversos. Trabalhamos, por meio das oficinas, a ressocialização, as histórias de vida, a identidade.  Vemos a UFMG como uma instituição responsável e de grande importância para a sociedade”, comentou. Onze pessoas participaram da oficina que envolveu atividades teóricas e práticas.

Por meio da parceria, serão oferecidas oficinas de jardinagem e paisagismo, além de um acompanhamento dos jardins já instalados no município. A ação é executada pelo Grupo de Estudos em Floricultura e Paisagismo (Geflop), coordenado pela professora Elka Almeida. “A oficina possibilita que o participante possa aprender técnicas de jardinagem para trabalhar no projeto, mas também abre portas para que entrem no mercado de jardinagem”, explicou a professora Elka.

Os jardins do Programa estão sob a responsabilidade de pessoas em situação de rua que são acolhidos e contratados para a manutenção dos espaços. Laudinei Aparecido Alves de Oliveira é um dos participantes da iniciativa que participou da oficina ofertada pela UFMG. Laudinei conta que estava desempregado antes de conhecer o projeto. Atualmente, ele trabalha de 7h às 12h, cuidando do jardim. “ Hoje estou fora de situação de rua. Lá no jardim é um amor, eu chego, cuido, converso com as plantas, tenho o maior prazer de mexer com elas, tem que ter o carinho, a natureza quer sobreviver como a gente. Eu adoro meu setor de trabalho”, comentou.