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18 / jul / 2022
UFMG mantém-se entre as dez melhores universidades da América Latina

Edição regional do ranking da Times Higher Education (THE), divulgada nesta quinta, mostra evolução positiva nos indicadores ‘Pesquisa’ e ‘Ensino’ e na nota ponderada

A UFMG avançou na dimensão ‘Ensino’ do ranking. (Foto: Ana Cláudia Mendes/UFMG)

A UFMG é uma das dez melhores universidades da América Latina, segundo a edição 2022 do ranking latino-americano da Times Higher Education (THE), divulgada nesta quinta-feira, 14 de julho. A nota final ponderada da Universidade também manteve uma curva de crescimento: de 82,6, em 2021, para 83,0, em 2022. A UFMG segue como destaque nas áreas de ensino e pesquisa, nas quais os índices oscilaram positivamente em relação à edição anterior do ranking, divulgada no ano passado. No quesito que avalia o ensino, a UFMG avançou de 91,6 para 92,1; na mensuração da área de pesquisa, o salto foi de 85,5 para 87,5.

A instituição agora ocupa o nono lugar entre as melhores universidades da América Latina. Na edição anterior, aparecia na quinta posição. Esta edição registrou crescimento no número de instituições que figuram no ranking: 177 haviam sido classificadas em 2021, frente às 211 na edição 2022 do THE AL, fator que ajuda a explicar a mudança de posição da UFMG no cômputo geral. “Alguma oscilação era esperada. Porém, olhando os números como a gente olha e considerando a série histórica, a UFMG tem mantido uma trajetória de evolução, com os nossos indicadores mais fortes, como ensino e pesquisa, crescendo de forma consistente, tendendo agora a uma estabilização”, argumenta o professor Carlos Basílio Pinheiro, diretor de Produção Científica da Pró-reitoria de Pesquisa e coordenador da equipe responsável por reunir indicadores que sustentam a participação da UFMG nos rankings internacionais.

A Universidade tem fornecido dados para a avaliação da THE desde 2012. Para inclusão na lista, é exigido que as universidades ofereçam cursos em nível de pós-graduação e tenham número de publicações relevantes superior a 1.000, em cinco anos. Carlos Pinheiro lembra que rankings como esse, criados para avaliar sistemas universitários, não são e nunca serão universais. Na opinião dele, a UFMG é satisfatoriamente avaliada por muitos dos parâmetros objetivos elencados, mas, como instituição pública e gratuita que atende a demandas da sociedade brasileira, acaba tendo algumas dimensões negligenciadas. “Todos os rankings mostram fotografias parciais da Universidade. Eles registram realidades vivenciadas em determinados momentos. No geral, o conjunto dos rankings mostra que a UFMG é resiliente e consistente do ponto de vista dos seus indicadores”, analisa o diretor de Produção Científica.

Maturidade
No entendimento da reitora Sandra Regina Goulart Almeida, a manutenção da UFMG entre as 10 melhores universidades da América Latina comprova a maturidade dos seus indicadores acadêmicos e a própria capacidade de superar cenários adversos, como os sucessivos cortes orçamentários que lhe são impostos há quase uma década. “Não é fácil se manter entre as melhores em um contexto de queda de investimentos em pesquisa, infraestrutura, bolsas e em outras dimensões que são fundamentais para o funcionamento de uma instituição como a nossa”, pondera ela.

A reitora se diz satisfeita com o reconhecimento proporcionado por avaliações internacionais, mas pondera que a UFMG não se pauta unicamente por elas. “Temos os nossos próprios parâmetros e nos submetemos a avaliações institucionais, como a do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), na qual a UFMG aparece como a universidade mais bem posicionada no país, ou do ranking do jornal Folha de S.Paulo, que aponta o nosso ensino como o melhor do país. Essas avaliações adotam critérios distintos, e estamos bem posicionados em todas elas, o que evidencia a nossa qualidade. Além disso, temos uma cultura de autoavaliação consistente que nos ajuda a dimensionar nosso impacto no contexto nacional e internacional e a indicar os rumos que devemos adotar”, sustenta Sandra Goulart.

Classificação
Os critérios usados pelo ranking Times Higher Education (THE) englobam cinco áreas: Ensino (ambiente de aprendizado), Pesquisas (quantidade, investimentos e reputação), Citações (influência e alcance da produção científica), Perspectiva internacional (cooperação e intercâmbio de docentes e estudantes) e Renda na indústria (capacidade de uma universidade de contribuir com o setor industrial por meio de inovações, invenções e consultorias).

A Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Chile mantém a liderança no levantamento, conquistada também nas três edições anteriores. As brasileiras USP e Unicamp, ambas estaduais paulistas, vêm na sequência. A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) aparece em quarto, seguida do Instituto de Tecnologia de Monterrey, no México. Antes da UFMG figuram a Federal de Santa Catarina (UFSC), a Universidade do Chile e a Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A PUC Rio completa o top 10.

Responsável pela organização do levantamento, a Times Higher Education é uma publicação inglesa que veicula conteúdos referentes à educação superior. É vinculada ao jornal The Times, que produz uma série de rankings que estão entre os mais conceituados do mundo.

(Hugo Rafael)