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26 / maio / 2018
Segundo O Campo no Campus comemora 50 anos da UFMG no Norte de Minas

O evento reuniu cerca de 530 participantes para mais de 30 oficinas teóricas e práticas

As oficinas aconteceram por diferentes espaços no campus. [Foto: Amanda Lelis/UFMG]

Neste sábado, foi realizada a segunda edição de O Campo no Campus no Instituto de Ciências Agrárias (ICA). O evento faz parte das atividades comemorativas dos 50 anos da presença da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) no Norte de Minas. Foram 37 atividades oferecidas, além da exposição fotográfica “Semana do Produtor Rural: memória, imagens, pessoas e saberes” .

Durante a abertura do evento, o diretor do ICA, professor Leonardo David Tuffi Santos, enfatizou sobre a trajetória da universidade no desenvolvimento de ações de extensão, que levam à sociedade um retorno do conhecimento gerado no campus. “Este ano completamos 50 anos de UFMG em Montes Claros. A extensão faz parte dessa história, vocês fazem parte dessa história. No evento de hoje oferecemos um pouco disso, um conjunto de oficinas muito bem planejadas para os produtores, os alunos da casa e todos vocês que nos ajudam a construir essa história”, discursou.

Na imagem, da esqueda para a direita, o professor e Pró-Reitor Adjunto de Extensão, Paulo Sérgio, o diretor do ICA, Leonardo Tuffi e a coordenadora do Cenex, professora Júlia de Andrade. [Foto: Amanda Lelis/UFMG]

Pró-reitor Adjunto de Extensão, e também professor do ICA, Paulo Sérgio Nascimento Lopes esteve no evento e representou a reitoria. “Hoje, neste cenário de crise, a universidade vem sendo questionada sobre o seu papel. A extensão dá visibilidade às ações realizadas aqui. Este evento demonstra a importância social da universidade, demonstra que estamos dando mais um passo à frente para estreitar as relações com a comunidade”, reforçou.

Neutralização de carbono

O grupo do PET-Neutraliza durante ação no evento. [Foto: Amanda Lelis/UFMG]

A novidade deste ano é que o evento conta com o envolvimento dos alunos do Programa de Educação Tutorial (PET) da Engenharia Florestal. Por meio do programa, os alunos do ICA desenvolvem o projeto PET Neutraliza, que vai fazer o cálculo do carbono emitido durante o evento e neutralizar com a plantação de mudas em áreas degradadas.

Jonathan Ezequiel da Silveira, aluno do 7º período do curso no ICA e membro do grupo, explica que o projeto funciona em parceria com Universidade Federal de Viçosa. “Preocupados com as questões ambientais e, especialmente, na nossa região que temos sofrendo muito com o déficit hídrico, resolvemos abraçar esta causa e trazer para o nosso campus algum projeto com este objetivo”. No projeto, são 18 integrantes coordenados pelo professor Christian Dias Cabacinha.

Para o evento, cada participante recebeu um questionário que deve ser preenchido e devolvido aos integrantes do projeto. Com base no questionário e no levantamento feito no campus dos resíduos sólidos e do gasto de energia, será realizado o cálculo de compensação. “A gente faz essa neutralização contabilizando de três formas: o resíduo gerado, a energia gasta e também o uso de combustível. Depois, contabilizamos a quantidade de mudas para neutralizar este carbono emitido durante o evento”, explica o estudante.

Parte das mudas é produzida no próprio campus e outras são cedidas em parceria institucional e serão plantadas em áreas que necessitam ser recuperadas. “No Norte de Minas, temos um histórico grande de pastagens que são degradadas e lugares que precisam ser recuperados. Estamos dando prioridade para estes locais e concentra o plantio na época chuvosa”, finalizou Jonathan.

Aprendizado

Os participantes de cada oficina puderam adquirir conhecimentos teóricos e práticos sobre diversos temas. Essa combinação agradou a estudante do segundo ano do ensino médio Thalia  Martins Freitas, de 16 anos. A estudante veio com um grupo de Tabuas, comunidade na zona rural de Montes Claros, e participou da oficina Boas Práticas de Produção de Vegetais Minimamente Processados: “aqui eu aprendi várias coisas, como lavar direito as verduras, como pegar certo na faca, como lavar corretamente as mãos. Eu não conhecia brócolis, conheci hoje aqui. Agora também sei que dá pra cortar a couve e usar os talinhos, o que é bom porque rende mais”, diz a estudante que gostaria de estudar medicina, mas que após participar da oficina, cogita estudar algo relacionado a alimentos.

Oficina de boas práticas de produção de vegetais minimamente processados. [Foto: Vanessa Magalhães/UFMG]

Oficina de práticas veterinárias na rotina da criação de bovinos. [Foto: Amanda Lelis/UFMG]

Oficina de boas práticas para aplicação de medicamentos em equinos.
[Foto: Amanda Lelis/UFMG]

Oficina de Produção Agroecológica de flores e plantas ornamentais. [Foto: Amanda Lelis/UFMG]

Oficina de Propagação, cultivo e manejo de plantas frutíferas. [Foto: Amanda Lelis/UFMG]