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07 / maio / 2019
Marcha pela Fapemig reúne pesquisadores mineiros nesta terça-feira

Frente parlamentar em defesa da ciência será lançada na Assembleia Legislativa

Pesquisadores reivindicam recursos para a ciência em protesto realizado em BH, em 2017. Foto: Pedro Cabral

A comunidade científica de Minas Gerais continua mobilizada em defesa do repasse de recursos para o desenvolvimento de atividades de ciência, tecnologia e inovação. Nesta terça-feira, dia 7, professores, estudantes, pesquisadores e servidores técnico-administrativos de universidades públicas e institutos de pesquisa sediados no estado participam da Marcha pela ciência – em defesa da Fapemig, que, terá entre outras atividades, uma mostra de ciência e o lançamento de uma frente parlamentar na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte.

O objetivo da iniciativa é fortalecer o movimento em defesa da valorização da ciência e tecnologia, além de avaliar os impactos dos cortes anunciados em âmbitos federal e estadual para a pesquisa científica. “A intenção é mostrar para a sociedade como a ciência está presente no dia a dia das pessoas”, afirma a professora do ICB Adelina Martha dos Reis, que é secretária regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) em Minas Gerais.

Logo pela manhã, às 9h, os organizadores da marcha promovem uma mostra científica na Assembleia Legislativa. A exposição reunirá projetos da UFMG, do Cefet-MG e das fundações Oswaldo Cruz e Ezequiel Dias. O Museu Itinerante Ponto UFMG contribuirá com diversas exposições científicas dispostas em seus seis ambientes internos (salas do Útero, dos Sentidos, dos Biomas, de Projeção 3D, do Submarino e das Cidades). A Fiocruz vai expor material sobre dengue, microscópio, jogos sobre desenvolvimento sustentável e malária, maquetes e coleções com materiais diversos.

A Funed vai abordar temas relacionados a animais peçonhentos, doenças negligenciadas, pesquisas sobre alimentos, febre maculosa, biologia celular e o aplicativo Cobra Coral. Por fim, o Cefet exibirá protótipos de robôs e o projeto Enxurrada de Bits, com oficinas de robótica, de programação e de cubo mágico. O evento se estende até 16h.

Concentração e frente parlamentar
Ao meio dia, os participantes concentram-se na Praça Raul Soares para a Marcha que começam às 13h e seguirá em em direção a ALMG, onde será lançada formalmente a Frente Parlamentar em Defesa da Ciência e Tecnologia, proposta em audiência pública realizada no mês passado e apoiada por 67 dos 77 deputados mineiros.

Em entrevista concedida à TV Assembleia, Adelina dos Reis ressalta a importância da Marcha pela Ciência. “É uma etapa de mobilização fundamental pela defesa da ciência no mundo. O desenvolvimento da pesquisa no Estado de Minas Gerais está em crise, devido ao não repasse de 1% do orçamento, garantido pela constituição estadual, para Fapemig. Além da não liberação de verbas para as pesquisas, também foram suspensas mais de seis mil bolsas de iniciação científica para estudantes de graduação e ensino básico se inserirem em pesquisas”, informou.

O contingenciamento de verbas para o fomento da ciência e tecnologia no país e o bloqueio de 30% dos recursos para as universidades federais, anunciado pelo Ministério da Educação, reforçam a necessidade da mobilização. Em nota divulgada à comunidade universitária na última sexta-feira, dia 3, a Reitoria da UFMG assinala que os cortes impossibilitarão que a instituição arque com o pagamento de serviços básicos de manutenção e com a compra de suprimentos usados em salas de aula e laboratórios.