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28 / abr / 2021
Marcha pela Ciência em Minas propõe debate sobre escola, ciência e arte

Evento virtual ocorre nesta quarta-feira, 28, com transmissão pelo YouTube

Cena do ‘Teatro&Cidade, uma trilogia’, vencedor da Mostra Visualiza UFMG, desdobramento de projeto de extensão que incentiva a produção de vídeos de divulgação científica. Imagem: Captura de tela | TV UFMG

Nesta quarta-feira, 28, a UFMG participa da Marcha pela Ciência em Minas, que ocorre no formato virtual pelo segundo ano consecutivo em razão do distanciamento social imposto pela pandemia de covid-19. Com o tema Escola, ciência e arte, a programação inclui oficinas para professores e estudantes da educação básica, como o uso de tirinhas, rap e até show de mágica para ensino de ciências.

Os públicos também poderão participar de mesas-redondas e debates sobre a tríade temática e assistir à mostra de artes sobre a percepção dos jovens acerca do que é ciência. O evento terá início às 9h30, com transmissão pelo canal do Coletivo Ciência, Tecnologia e Sociedade em Movimento no Youtube.

Segundo o professor da Faculdade de Educação da UFMG e secretário regional da SBPC, Luciano Mendes, a Marcha pela Ciência, de caráter político e interinstitucional, reforça a importância da ciência como forma de reação contra o obscurantismo e fake news na sociedade contemporânea e de integração de múltiplos conhecimentos e saberes sobre o modo como a sociedade percebe e se comporta nos diferentes territórios.

“Além de funcionar como uma forma de alento nesse contexto pandêmico, a arte pode ajudar no ensino e na divulgação da ciência”, avalia a professora da Fiocruz/Minas Cristiana Ferreira Alves de Brito, também envolvida na organização do evento.

Cristiana Ferreira destaca as oficinas e a mostra artística que tratam a arte como ferramenta de ensino e divulgação de ciência nas escolas, além das mesas que  abrigarão debates sobre o tema. Para participar das oficinas e obter certificação de presença, os interessados devem fazer inscrição.

 Educação de jovens e a adultos
A educação escolar é um direito constitucional, inclusive para jovens e adultos que não tiveram oportunidade de concluir os estudos em idade regular. Mesmo prevista pela Constituição Federal, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação e pelo Plano Nacional de Educação, a modalidade de educação de jovens e adultos continua sendo pouco ou nada reconhecida pela sociedade. A avaliação é da professora da Faculdade de Educação Analise da Silva, que fará palestra às 10h30 sobre o tema.

Ela tratará de questões referentes à negação desse direito, que tem reflexos na participação popular nos espaços públicos, na equidade nas políticas públicas fundamentada na solidariedade e na amorosidade, no conhecimento crítico e transformação da realidade, na avaliação e sistematização de saberes e práticas.

Protagonismo juvenil
Na sequência, as duas mesas-redondas programadas para esta quarta-feira põem em debate o protagonismo dos jovens nas atividades de produção e divulgação científica. Às 10h30, os participantes vão conhecer o projeto de extensão Visualiza UFMG, que incentiva a divulgação científica dos trabalhos apresentados na Semana do Conhecimento UFMG por meio de vídeos.

Na parte da tarde, às 13h30, a mesa Educação científica por meio das feiras de ciências na educação básica discutirá o papel desses eventos, que propiciam a participação de aspirantes a cientistas matriculados em escolas da rede pública de ensino.

A professora de Ciências do Centro Pedagógico Ana Cristina Ribeiro Vaz, que integra a organização da UFMG Jovem, explica que a participação dos jovens nas feiras é uma ótima possibilidade para que  percebam a importância da interdisciplinaridade. “Quando participam das feiras, os jovens conseguem ver na prática que apenas uma área do conhecimento não é suficiente para alcançar os objetivos por eles propostos. Além disso, desenvolvem muitas habilidades e o próprio senso senso crítico e descobrem a importância do diálogo e do trabalho em grupo”, relata.

Sobre a questão da divulgação científica promovida pelas feiras, a professora destaca a habilidade de percepção e adequação da linguagem aos públicos. “É visível como os jovens são capazes de adaptar a linguagem conforme a faixa etária dos públicos visitantes e incorporar sugestões que ocorrem durante as apresentações, construindo, assim, o processo de produção de novos conhecimentos”.

Saiba mais sobre as feiras de ciência neste vídeo da TV UFMG:

Ciências da natureza na escola
Em entrevista ao programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, a professora Mônica Bucciarelli Rodriguez, coordenadora adjunta nacional do mestrado profissional em Ensino de Biologia em Rede Nacional (Profbio), fala sobre o ensino de ciências da natureza, tema de outra mesa que compõe a Marcha.

[Texto: Teresa Saches/Cedecom UFMG]