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28 / ago / 2019
ICA divulga orientações para uso consciente de água e energia

A proposta é a criação de uma campanha de engajamento da comunidade acadêmica para o uso racional dos recursos naturais e economia dos bens de consumo, duráveis e serviços

Fachada do Bloco A iluminado durante a noite. Foto: Lucas Braga/UFMG

O Instituto de Ciências Agrárias (ICA) da UFMG inicia o semestre letivo com uma campanha pelo uso racional dos recursos naturais e financeiros e também pelo fortalecimento do cuidado e preservação dos bens públicos disponíveis para o usufruto de toda a comunidade universitária.

Em junho, foi enviada à comunidade acadêmica nota, apontando medidas para a otimização e uso consciente dos diversos recursos do ICA. De acordo com o engenheiro civil e coordenador de Planejamento e Infraestrutura do ICA, João Victor Oliveira, o objetivo é “garantir a manutenção das atividades elementares da Unidade e reduzir o impacto do contingenciamento orçamentário sofrido pelas Universidade Públicas Federais neste ano”.

As orientações para as medidas de uso consciente de água, energia e insumos em geral foram publicadas no site do ICA e podem ser consultadas na aba “Sustentabilidade e Economia”, na página da Coordenadoria de Planejamento e Infraestrutura do ICA.

No mesmo mês, foi instituída a “Comissão para elaboração e divulgação de ações educativas com vistas à economia de água, energia e outros insumos de uso no Campus Regional da UFMG em Montes Claros”. Segundo o Presidente da Comissão, Dênniel Trajinelli, gestor ambiental e de áreas verdes do ICA, foram propostas ações de mobilização e envolvimento da comunidade, além de ações de comunicação, utilizando as diversas mídias disponíveis.

João Victor Oliveira pontuou que os esforços são para a criação de uma cultura de engajamento pela sustentabilidade ambiental e financeira no campus, com o uso racional de água, energia e materiais da Universidade. “É uma Universidade pública, então, precisamos buscar esse uso consciente de recursos. Sempre foi nossa preocupação e a crise nos acendeu um ponto de alerta, de hábitos que precisamos melhorar tanto com ações estruturais quanto cotidianas no campus”, disse.

De acordo com o engenheiro, há um planejamento da Coordenadoria e da Diretoria para a realização de ações estruturais que promovam a economia de energia, como a substituição de lâmpadas fluorescentes por led; a redução da quantidade de lâmpadas em áreas de circulação, sem prejuízo à segurança; a substituição de equipamentos antigos por outros mais eficientes; as manutenções preventivas ou corretivas nas instalações elétricas do campus; entre outros.

“Estamos adquirindo materiais mais eficientes. Anteriormente, tínhamos lâmpadas mistas, que necessitavam de trocas constantes. Eram lâmpadas de grande potência e baixo tempo de durabilidade. Então, nos próximos pregões, estamos investindo em materiais mais eficientes de forma geral. Outro exemplo é a aquisição de telhas que propiciam conforto térmico”, reforçou João Victor.

De acordo com o engenheiro eletricista do ICA, Huggo Rhodrigo, as lâmpadas fluorescentes do campus também estão sendo substituídas gradativamente por lâmpadas de led. “Com essa troca, a economia de energia alcançada supera os 50%”, relatou.

Huggo explicou que foi realizada a troca das lâmpadas de iluminação externa e de jardim, onde as lâmpadas mistas, de 250W a unidade, foram substituídas por lâmpadas de vapor de sódio, de 84W a unidade. “Também nos postes de iluminação que possuíam duas lâmpadas, retirou-se uma dessas de modo que no final a economia de energia alcançada foi da ordem de 83%. Desse modo, um poste que em 2 horas consumia 1 kWh passou a consumir 0,168 kWh, contando que o campus possui cerca de 80 postes de iluminação”, disse Huggo.

De segunda a sexta, exceto nos feriados, o período de 17h às 20h é considerado horário de pico pela Cemig. Nesse intervalo, há maior demanda de energia e, por isso, o valor cobrado é 4,78 vezes mais alto que o horário fora de ponta de consumo. No período de pico, o valor por cobrado por quilowatt-hora é de R$ 1,71, enquanto nos demais horários esse valor é de R$ 0,35.

Para o engenheiro João Victor, “a redução do consumo da energia naquele horário poderá representar uma economia considerável no valor final da conta de energia do ICA, além de ser uma forma de consumo ambientalmente consciente”.

Em função disso, os técnicos do ICA sugerem que as equipes elaborem um planejamento para que os equipamentos de maior potência – como ar condicionado, motores, bombas, autoclaves e outros equipamentos de laboratório –  não sejam utilizados durante o período de pico. No caso das autoclaves, a sugestão é que as equipes de pesquisa possam se organizar para utilizar o equipamento em conjunto, evitando usos esparsos e individuais.

Os equipamentos de ar condicionado exigem grande consumo energético e, em função disso, é necessário seu uso eficiente, principalmente em salas de aula. De acordo com Huggo, “a temperatura ideal da regulagem termostato é entre 22° e 23°, como recomenda a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em relação ao conforto térmico ideal para o público em geral. Outras formas de economizar energia no uso do ar condicionado são manter as portas e janelas fechadas, fechar as cortinas e não desligar o aparelho caso a ausência do recinto for por curto período de tempo”, completou.

Também foram realizadas intervenções com o objetivo de reduzir o desperdício de água. As válvulas dos banheiros masculinos do Bloco A foram substituídas por um sistema tipo caixa acoplada com acionamento duplo, que reduz o gasto hídrico. De acordo com o Coordenador de Planejamento e Infraestrutura, o objetivo é que todos os banheiros do ICA recebam esse mesmo sistema até o fim do ano.

João ressalta que, caso sejam identificadas ações de desperdício como vazamentos de água, luzes acesas indevidamente, equipamentos mal utilizados, dentre outros, é orientado que a comunidade acadêmica comunique à Coordenadoria de Planejamento e Infraestrutura (pelos telefones 2101-7760 ou 98401-7205). Também pode ser aberta uma ordem de serviço nas portarias do ICA, para que as ações sejam encaminhadas.