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14 / nov / 2019
ICA celebra vinte anos de implantação do seu primeiro curso de graduação

O curso de Agronomia ajudou na consolidação UFMG no norte de minas; solenidade reuniu professores, estudantes e egressos da instituição

Na mesa de abertura, a estudante do curso Maria Izabel Soriano Nobre, o diretor do ICA Leonardo David Tuffi Santos, o coordenador do curso, professor Alcinei Místico, e o professor Cândido Alves da Costa. Foto: Amanda Lelis/UFMG

Nesta semana, o Instituto de Ciências Agrárias (ICA) da UFMG comemorou os vinte anos de criação do seu primeiro curso de graduação. O curso de Agronomia, criado em 1998, já formou 563 engenheiros agrônomos. Para celebrar a data, nos dias 11 e 12 de novembro, foram realizadas palestras, debate e uma exposição de fotografias históricas. O evento reuniu estudantes, professores, técnico-administrativos e egressos da instituição.

Durante seu discurso na cerimônia, o diretor do ICA, professor Leonardo David Tuffi Santos, enfatizou a importância da implementação do curso de Agronomia para a consolidação da Unidade Acadêmica, fornecendo as bases para a criação de novos cursos de graduação posteriormente. “De alguma forma, a história do curso de agronomia se mistura à história da Unidade Acadêmica. A criação do curso foi um marco para o ICA e para a UFMG, abrindo portas não só para a unidade, mas também para o município de Montes Claros e região”, enfatizou o diretor.

O professor Cândido Alves da Costa participou da fase de criação do curso e foi o seu primeiro coordenador. Durante o evento, Cândido compartilhou o histórico de desenvolvimento do projeto e até fatos curiosos da época. “É uma honra muito grande fazer parte dessa história. Quando cheguei no ICA, em 1996, a primeira missão que recebi foi a de reestruturar o projeto de implantação do curso de Agronomia”. O professor relatou os desafios e surpresas durante o processo de desenvolvimento do curso, em um momento em que a unidade ainda se estruturava para a oferta do ensino superior.

No primeiro dia de evento também foi apresentada a proposta de nova matriz curricular do curso de graduação, que foi elaborada e seguirá para a aprovação da UFMG. A apresentação foi realizada pela professora do ICA, Elka Fabiana Aparecida Almeida. Na ocasião, também foram homenageados nomes que contribuíram para a construção e consolidação do curso no ICA.

Da esquerda para a direita, os homenageados: Maria Aparecida Santos, Gualter Pereira de Oliveira, Maria do Carmo, Cândido Alves da Costa, Dalton Rocha Pereira e Maria Amália de Queiroz Lafetá. Foto: Amanda Lelis/UFMG

Mercado

Na programação, o tema central dos debates foi o campo de atuação do engenheiro agrônomo. A maioria dos palestrantes foi composta por profissionais egressos da instituição que compartilharam suas experiências de vida no trabalho com a agronomia.

No primeiro dia, Julian Rodrigues da Silva do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Camila Karen Reis Barbosa do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea) e Cláudia Beatriz Araújo Versiani, da Superintendência Regional de Meio Ambiente do Norte de Minas (Supram-NM), debateram com o público sobre o que se espera dos profissionais no século XXI. Também foi realizada exposição da Caixa de Assistência de profissionais do CREA, por  Otávio Dutra Pereira Filho.

No segundo dia de programação, foram debatidos os diferentes campos de atuação do profissional, desde a academia até o comércio e o empreendedorismo. A programação iniciou com a palestra “Desafios na Agronomia”, ministrada pelo egresso do curso João Ramos Oliveira. Iure Souza, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater–MG) apresentou as oportunidades na instituição. “Não adiantam máquinas, tecnologias, drones, se não há o profissional bem engajado e disposto. A produção agrícola tem que aumentar para que a fome seja erradicada e a segurança alimentar alcançada”, relatou durante sua apresentação.

Ana Carolina de Castro expôs as experiências e desafios da carreira pública para uma engenheira agrônoma, a partir da sua trajetória na Secretaria de Meio Ambiente e Políticas Públicas de Divinópolis.

Ana Carolina, egressa do curso de Agronomia do ICA. Foto: amanda Lelis/UFMG

Também foi realizada a mesa redonda “P&D ou vendas? Campo ou escritório? O Engenheiro Agrônomo na iniciativa privada”, com egressos do curso que decidiram empreender. Patrícia Moraes é egressa da primeira turma de agronomia do ICA e relatou sua experiência desde a conclusão do curso, seu percurso na iniciativa privada até a criação da Líder Produtos Agrícolas. Marco Tulio de Melo falou sobre seu trabalho na Abreu & Melo Assessoria em Financiamentos.

O egresso Daniel Duarte contou como decidiu, junto com o pai, implantar um empreendimento familiar, a Flor das Gerais Agroindústria, para a produção de cachaças especiais e orgânicas. Também relatou seus outros projetos como o desenvolvimento de consultoria ambiental e o planejamento e gestão de projetos. Daniel contou que é uma atividade familiar que teve início em 1990. Com a sua conclusão do curso, foi possível profissionalizar a produção e alcançar certificações como produto orgânico e mercados nacionais e internacionais. “O mais legal de tudo isso é que tive apoio da UFMG para tudo. Iniciei esse processo durante um projeto de análise físico química da cachaça aqui no ICA”, contou.

O evento foi finalizado com o plantio simbólico de uma muda de árvore no campus. Para a realização do plantio, foram convidadas a estudante Grazielle Araújo, da turma de 2019, e a egressa do curso, Patrícia Monique Neres Moraes, da turma de 1999.

Plantio simbólico em comemoração aos vinte anos do curso. Foto: Amanda Lelis/UFMG