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04 / out / 2019
Dia de Campo na Reserva Xacriabá envolve cerca de 150 pessoas

Indígenas da comunidade e estudantes da UFMG realizaram troca de saberes na 5ª edição do evento

Foram realizadas oficinas nas áreas das Ciências Agrárias. Foto: Ernane Martins

Na última semana, no dia 27 de setembro, foi realizada mais uma edição do Dia de Campo na Reserva Xacriabá. Na data, estudantes e professores do Instituto de Ciências Agrárias da UFMG visitaram a Aldeia Rancharia, em São João das Missões (MG) para a realização de oficinas e troca de saberes. Participaram das atividades 142 pessoas da comunidade, incluindo estudantes e familiares, além da equipe do ICA, composta por 23 pessoas.

O professor Ernane Ronie Martins explica que a atividade está em sua quinta edição, desde o primeiro ano de realização, em 2015. O Dia de Campo é realizado de forma itinerante, com visitas a diferentes aldeias na Terra Indígena Xacriabá. “Há atividades para crianças de todas as idades e adultos, ocupando toda a manhã. Ao final de cada oficina há produtos que ficam na escola ou são levados pelos participantes, como remédios, canteiros com plantas medicinais/aromáticas e hortaliças, bolsas recicladas, conservas de alimentos etc. Ninguém, oficineiros e participantes, sai do Dia de campo do mesmo jeito que chegou, algo sempre muda e de forma positiva, em geral”, comentou o professor.

A atividade se configura como uma troca de conhecimentos e experiências entre os estudantes da UFMG e os participantes das oficinas. De acordo com o professor Ernane, os estudantes aplicam os conhecimentos da graduação na prática, como o planejamento de atividades, a extensão rural, além da oportunidade de interagirem com pessoas experientes nos ambientes em que vivem.

Professor Ernane ressalta a importância da troca de saberes entre o conhecimento formal da Universidade e o conhecimento tradicional, adaptado à realidade local pelos indígenas. “A realidade é muito distinta da que os estudantes vivem normalmente, levando a reflexões sobre o papel social da universidade em comunidades tradicionais como os Xakriabá. Surge também inspiração para novos projetos de pesquisa ou extensão voltados para a realidade indígena”, completou.

O evento é realizado a partir de uma demanda local da comunidade e envolve os estudantes do curso de Agronomia, além de estudantes da pós-graduação do ICA. As oficinas são ministradas por estudantes do Programa de Educação Tutorial (PET) Agronomia, PET-indígena, PET-Floresta e grupos de estudo do ICA.

Veja, na página do ICA no facebook, a cobertura fotográfica do evento.