UFMG | Campos Montes Claros
Home » Notícias » Calouros da cota étnica deverão apresentar carta no registro presencial
22 / fev / 2018
Calouros da cota étnica deverão apresentar carta no registro presencial

Adotado pela primeira vez neste ano, o documento aprimora as políticas afirmativas da UFMG

No registro acadêmico presencial que começa na manhã desta sexta-feira, 23, os candidatos que se autodeclararam negros (pretos ou pardos) devem apresentar, em formulário próprio, carta consubstanciada com os motivos que justificam sua autodeclaração e seu pertencimento étnico.

Em entrevista à TV UFMG, o pró-reitor adjunto de Assuntos Estudantis, Rodrigo Ednilson, afirma que a carta, adotada pela primeira vez neste ano, é um instrumento de aprimoramento da Política de Ações Afirmativas.

“Não existe um gabarito em que a Universidade defina o que o aluno precisa escrever, mas ele terá a oportunidade de refletir sobre o seu pertencimento e sobre os elementos que o fazem ser identificado como estudante negro”, explica Ednilson, que é professor da Faculdade de Educação e foi coordenador geral de Educação para as Relações Étnico-Raciais do Ministério da Educação.

Segundo ele, no momento não há previsão sobre a criação de comissão que acompanhe o ato de redação da carta, mas se qualquer membro da comunidade fizer uma denúncia sobre essa autodeclaração, o estudante vai ser chamado para conversar, e seus documentos serão usados “para compreender melhor o caso”.

Direito

Rodrigo Ednilson ressalta que o estudante que entra pelos critérios de ações afirmativas “não precisa ter vergonha, porque a ação afirmativa é um direito para garantir o acesso à educação superior”. Também pondera que “ele não vai estar sozinho”, pois pode se aproximar dos diversos grupos de pesquisa, de estudos e coletivos de estudantes na UFMG, para “se fortalecer e se sentir cada vez mais pertencente a esta Universidade”.

Assista à entrevista:

[Notícia publicada originalmente no site da UFMG]